Na última semana, foi divulgado em um grupo de WhatsApp o contracheque do mês de janeiro deste ano de Gilton Cleiber Venâncio da Silva, funcionário público efetivo da Assembleia Legislativa do Tocantins. A surpresa foi que o salário recebido por Giltão, como é conhecido, supera o teto constitucional, chegando a ultrapassar o valor bruto de R$ 31.000,00 .
Logo após a divulgação dessa informação, Keops Pereira Mota, autor da denúncia no grupo, informou que foi ameaçado de morte por Giltão e insultado com palavras de baixo calão. Keops afirmou que a informação vazada não continha nome do servidor: “A postagem não cita o nome dele. No entanto, ele se doeu e logo após me ligou fazendo a ameaça. Depois que ele mesmo se entregou como sendo o servidor em questão, se alterou e ligou me ameaçando, ” disse.
Depois do ocorrido, Keops registrou um Boletim de Ocorrência na delegacia da Polícia Civil de Araguatins pela ameaça de morte e a na Promotoria de Justiça de Augustinópolis a respeito do salário exorbitante.
De acordo com a denúncia ao Ministério Público feita por Keops, Giltão é supostamente um funcionário fantasma do Gabinete do deputado estadual Ricardo Ayres (PSB), pois o mesmo reside em Augustinópolis, onde tem casa, família e é pré-candidato à prefeitura pelo Podemos.
Conforme apurado pelo Diário Tocantinense, Gilton Cleiber é técnico legislativo da Assembleia Legislativa efetivo desde 1999. O acusado Gilton atendeu o site e informou que é servidor à disposição da Casa, ou seja, legalmente ele pode receber sem comparecer a AL e que neste mês, seu salário veio com um valor superior por conter férias e outros adicionais. Giltão afirma que não é a primeira vez que Keops o difama e que irá tomar as devidas providências a respeito disso: “eu vou processá-lo por calúnia e difamação”. O acusado não quis falar muito a respeito da sua relação com Keops, mas informou que ele possui envolvimento com política.
O Diário Tocantinense indagou Keops sobre a motivação que o levou a procurar investigar o contracheque de Gilton Cleiber, ele informou a princípio que as informações chegaram até ele. No entanto, ele entrou em contradição, informou que ele mesmo foi atrás das informações, mas não quis explicar o motivo. "Deixa para lá", disse.
O que tudo indica, Keops e Giltão não mantem boas relações e, aparentemente, há política envolvida neste caso, visto que Giltão é contra a atual gestão de Augustinópolis.
A assessoria do deputado estadual Ricardo Ayres foi procurada, mas até o fechamento desta matéria, não respondeu aos questionamentos feitos pelo Diário Tocantinense. O site está aberto aos demais posicionamentos.
Relacionado
Link para compartilhar: